Boas práticas

Como os municípios promovem a adaptação e a gestão de riscos e desastres?

As boas práticas desta plataforma foram sistematizadas em cinco eixos que representam pilares essenciais para políticas eficazes de adaptação urbana e gestão de riscos e desastres: gestão participativa, educação e conscientização, mapeamento de áreas de risco, monitoramento e alerta, e resposta a desastres.

Governança participativa

Ações de governança participativa envolvem a criação de estruturas institucionais que garantam a participação ativa de diferentes setores da sociedade na formulação e implementação de políticas públicas. No campo da adaptação climática e da gestão de riscos, destacam-se como boas práticas os grupos de trabalho, comitês intersetoriais, fóruns permanentes, conselhos municipais, entre outros arranjos utilizados para promover o diálogo, ampliar a escuta qualificada da população, promover a articulação entre secretarias e a transversalização de políticas, além da integração e cooperação entre diferentes níveis de governo.

Educação e conscientização

As boas práticas de educação e conscientização promovem mudanças culturais e institucionais na gestão de riscos, resposta a desastres e processos de adaptação urbana. Elas valorizam o conhecimento técnico e os saberes locais, com foco em capacitação, materiais educativos e formação ampla.

Mapeamento de áreas de risco

As boas práticas deste eixo envolvem a construção de mapas georreferenciados que incorporam saberes locais e séries históricas. O levantamento de áreas de risco permite identificar vulnerabilidades e orientar ações preventivas. Quando articulado a dados climáticos e ao uso de tecnologia, esse processo contribui para monitorar ameaças e proteger grupos mais expostos.

Monitoramento e alerta

As boas práticas de monitoramento e alerta incluem o uso de radares, sensores e tecnologia para a gerar dados que permitem antecipar riscos e emitir alertas precoces. A regionalização e a cooperação entre municípios são pontos positivos que ampliam a eficácia destes sistemas.

Resposta a desastres

As boas práticas de resposta a desastres são ações realizadas durante ou logo após o evento para salvar vidas, assistir a população e restabelecer serviços essenciais. Incluem montagem de abrigos, construção de pontes provisórias, distribuição de alimentos e água, resgate de vítimas, apoio psicossocial e limpeza emergencial de vias.

Planejamento e gestão

Instrumentos de planejamento e gestão municipal são cruciais para guiar ações e políticas voltadas à adaptação às mudanças do clima e à gestão de risco de desastres. Podem compor este eixo Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRR), Planos de Adaptação à Mudança do Clima, Planos de Ação Climática, entre outros documentos que organizam de forma integrada as iniciativas locais de prevenção, redução de riscos, adaptação e resposta a eventos extremos.​

Soluções baseadas na Natureza

As Soluções baseadas na Natureza (SbN) são estratégias de proteção, gestão sustentável e restauração de ecossistemas naturais ou modificados para enfrentar desafios socioambientais, como o risco de desastres e as mudanças climáticas. Incluem práticas como a recuperação de áreas degradadas para a contenção de encostas, a criação de infraestruturas verdes (como jardins de chuva e telhados verdes) para aumentar a drenagem e reduzir ilhas de calor e a proteção de matas ciliares para controle de cheias. 

Medidas estruturais de adaptação urbana

Medidas estruturais de adaptação urbana consistem na execução de obras e serviços de engenharia com o objetivo de prevenir desastres, mitigar impactos e adaptar a cidade às mudanças do clima. Incluem tanto intervenções preventivas quanto obras de restabelecimento pós-desastre, desde que orientadas pela perspectiva da reconstrução resiliente e sustentável. Incluem sistemas de drenagem urbana, contenção de encostas, reforço de infraestruturas e requalificação de áreas urbanas com foco na redução de riscos.

Eixo temático
Região
Cidade

Monitoramento integrado para o fortalecimento da resiliência municipal: a experiência do COR do Rio de Janeiro/RJ

Mobilização comunitária e educação para o risco: fortalecendo a cultura de prevenção em Teresópolis/RJ 

Gestão Emergencial de Mobilidade em Áreas Alagadas: a construção de pontes Provisórias em Manaus/AM

Formação em Defesa Civil nas escolas e UBS: educando para Cidades Resilientes em Guarulhos/SP

Roteiro para Cidades Resilientes: o Material Educativo de Barcarena/PA

Estratégia Intersetorial e Resposta Rápida: O Comitê de Gestão de Riscos em Contagem/MG

Acolhimento em emergências: a experiência de Rio Branco/AC com abrigos humanizados

Integração de Saberes Locais e Técnicos: O Modelo de Mapeamento Comunitário de Riscos de Niterói/RJ

Monitoramento e sinalização de rotas seguras: a experiência de Joinville/SC

Sistema de Monitoramento Hidrológico de Itabirito/MG: Estrutura, Operação e Resultados

CEMADEC Salvador/BA: Monitoramento Climático e Gestão de Riscos em Tempo Real

Realização

Apoio técnico